A carne apodrece de tanta doçura,
as palavras, torrões, desenham cadeias de montes,
cujos picos, cobertos de açúcar, convidam.
No sangue as plaquetas enfraquecidas se rendem.
Há fenda na carne, líquido carmim jorra abundante.
Quem sequer imagina penetrar
este ermo que me invade?
Caminho só, essa é a lei. Caminho...
De tanta doçura as mãos derretem,
se fazem arredias frente ao Jardim.
Sufoquei Íris, Lírios, Cravos, Violetas, Margaridas,
de tanto desejo, embriagada pela falta.
Despetalei uma a uma
como quem ama pela primeira vez.
Essa carne à mostra, afável de brandura
está em decomposição e exsuda licores.
É a beleza revelando a sua outra face.
Renata Bomfim
as palavras, torrões, desenham cadeias de montes,
cujos picos, cobertos de açúcar, convidam.
No sangue as plaquetas enfraquecidas se rendem.
Há fenda na carne, líquido carmim jorra abundante.
Quem sequer imagina penetrar
este ermo que me invade?
Caminho só, essa é a lei. Caminho...
De tanta doçura as mãos derretem,
se fazem arredias frente ao Jardim.
Sufoquei Íris, Lírios, Cravos, Violetas, Margaridas,
de tanto desejo, embriagada pela falta.
Despetalei uma a uma
como quem ama pela primeira vez.
Essa carne à mostra, afável de brandura
está em decomposição e exsuda licores.
É a beleza revelando a sua outra face.
Renata Bomfim
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