"Hoy, 7 de septiembre (2013), conmemoramos la "Independencia de Brasil", pero, nuestro Brasil aún no es libre, desgraciadamente. Aún serán asesinados muchos Tiradentes, por desgracia; aún va a correr sobre este suelo sagrado la sangre de muchos ecologistas, como la de Chico Mendes, de la hermana Dorothy, del capixaba Paulo Cesar Vinha. Para que se establezca un nuevo orden, una nueva forma de concebir el "progreso", para que seamos realmente libres, necesitamos escuchar el grito que viene de las florestas, de los callejones oscuros, de los hospitales, de las escuelas; necesitamos abrir los oídos, quitar la cera del interior de los oídos, y lo más importante, necesitamos actuar. El verdadero progreso tiene nombre y apellido: Piedad y Sustentabilidad" Renata Bomfim.
Dedicado a los indios brasileños, que, sin derechos de ciudadanía, continúan siendo humillados cuando no exterminados; y al espíritu de la esperanza muerto en defensa de nuestra humanidad.
Brasil,
mi
Tierra,
mi
Amor.
Allá
donde voy, vienes conmigo
en
el cimbreo de mis caderas que
bambolea
al son
de
tu acuarela,
en
las ondas del cabello que
semejan
estambres de agua dulce
deslizándose
por los manglares.
Mis
ojos son los del guacamayo
que
irrumpen en los bosques
como
las flechas inflamadas de Eros.
Son,
además, los ojos del tigre,
del
mono capuchino, del gato montés,
del
lobo guará, del pez buey,
del
carpincho, de la serpiente cascabel,
de
las hormigas, del oso hormiguero
(tu
portaestandarte).
Tus
montes, cerros y acantilados
son
mi carne, mi cuerpo
de
mujer: Nos desangramos!
Es
nuestra esa herida
provocada
por la especulación,
por
el soborno,
por
la carencia de cuidados y de amor.
Mi
tierra, qué dolor, cuánto quejido!
Los
navíos negreros aún surcan las aguas turbias,
son
espectros en el espacioso océano,
sus
apariciones son casi tangibles.
Una
parte de mí está encadenada en la bodega
hedionda,
sigue la progresión del rapto
sintiendo el desgarro
de
África, fantaseando con la libertad.
Escucho
los gritos de espanto,
las
súplicas de socorro
de
mis hermanos Guarani Kaiowa.
Los
ávidos de lucro quieren abrasarlo todo!
Quieren
devorar la selva,
diezmar
centenares de etnias,
con
sus lenguas múltiples,
y
la diversidad de sus costumbres y tradiciones.
Quieren
transformar en humazo, hoy,
nuestro
mañana. Nos oponemos!
Lloramos,
entonamos himnos de guerra y
luchamos
con arcos y flechas.
(combate
desigual e inicuo).
Nuestros
pies, magullados en el atropello
merecen
descanso!
Nuestras
manos, tejedoras de humanidades,
merecen
respeto!
En
este preciso momento una criatura
mama
de mi seno:
una
niña llamada Esperanza.
Yo
canto en voz baja, tarareo apenas
soy
chamán:
conozco
plegarias y rogativas,
preparo
ungüentos,
elaboro
aljabas,
lanzo
maleficios a los siete vientos,
mi
lengua cura y segrega venenos.
Mi
corazón es un brasero que,
arde
de amor: fuego sacro!
El
cielo estrellado de mi tierra
tintinea
dentro de mi boca!
Voy a defender la memoria viva
de tus pueblos!
Cuando
palpo tu faz
(como
un invidente)
tratando
de conocer tu fisonomía,
mi
tierra, me busco en ti:
necesito
conocer la raíz de la planta que soy,
comprender
los fundamentos de mis hojas,
frutos,
y flor…
Cómo
cantar esta brasilidad?
Dejo
que los pájaros lo hagan por mí,
el
viento silbará tu himno.
Esa
bienaventuranza abrasadora
orgullo
matrio que ilumina mi pecho
va
más allá
de
satisfacciones y sufrimientos,
es pasión,
piedra luna:
refleja
muchos colores y resplandece.
Donde
estoy estás conmigo, Brasil,
mi
tierra,
mi
amor.
RB,
Lisboa, 7 de septiembre de 2013.
***
Hoje, 7 de
setembro, comemoramos a "Independência do Brasil", mas, o nosso
Brasil ainda não é livre, infelizmente, ainda serão enforcados muitos
Tiradentes, infelizmente, ainda vai correr por este chão sagrado o sangue de muitos
ambientalistas como o de Chico Mendes, da irmã Dorothy, do capixaba Paulo Cesar
Vinha. Para que se estabeleça uma nova ordem, uma nova forma de se conceber o
"progresso", para que sejamos realmente livres, precisamos escutar o
grito que vem das florestas, dos becos escuros, dos hospitais, das escolas,
precisamos limpar os ouvidos, tirar a cera dos ouvidos, e o mais importante,
precisamos agir. O verdadeiro progresso tem nome e sobrenome: Compaixão e
Sustentabilidade.
Dedico aos índios brasileiros, que continuam sendo
massacrados, humilhados, e tendo a sua cidadania negada, e aos fantasmas da
esperança que morreram defendendo a nossa humanidade.
Brasil,
Minha Terra,
Meu Amor.
Onde vou estás comigo,
No balanço do meu quadril que
Ginga ao som de tua aquarela,
No ondulado cabelo,
Filetes de água doce
Deslizando entre manguezais.
Meus olhos são os da arara
Que atravessam as matas
Como dardos inflamados por Eros.
São também os olhos do tigre,
Do macaco prego, da jaguatirica,
Do lobo guará, do peixe boi,
Da capivara, da cascavel,
Das formigas, do tamanduá
(Teu porta-bandeira).
Teus montes, morros e falésias
São a minha carne, o meu corpo
De mulher: Sangramos!
É nossa a mesma ferida
Provocada pela exploração,
Pela corrupção,
Pela falta de cuidados e de amor.
Minha terra, quanta dor, quantos ais!
Os navios negreiros ainda vagam,
São espectros no vasto oceano,
Os seus fantasmas são quase palpáveis.
Parte de mim está acorrentada no porão
Fétido, segue viagem sentindo saudades
Da África e ansiando liberdade.
Ouço os gritos de horror,
Os pedidos de socorro
Dos irmãos Guarani Kaiowa.
Os gananciosos querem queimar tudo!
Querem consumir a mata,
Dizimar mais de duzentas etnias com
Suas línguas, costumes, e tradições.
Querem transformar em fumaça, hoje,
O nosso manhã. Resistimos!
Choramos, cantamos hinos de guerra e
Lutamos com arcos e flechas,
(Luta desigual e perversa).
Nossos pés, machucados pela lida,
Merecem descanso!
Nossas mãos, que tecem humanidades,
Merecem respeito!
Nesse momento uma criança faminta
suga o meu seio:
Uma menina chamada Esperança.
Eu canto baixinho, quase sussurro,
Sou xamã:
Conheço preces e rogos,
Preparo unguentos,
Confecciono patuás,
Lanço sortilégios aos sete ventos,
A minha palavra cura e exsuda venenos.
O meu coração é braseiro que
Arde de amor: fogo santo!
O céu estrelado da minha terra
Está dentro da minha boca!
Vou manter a memória viva
Dos teus povos!
Quando eu toco a tua face
(Como um cego)
Buscando conhecer a tua fisionomia,
Minha terra, é a mim que busco:
Preciso conhecer a raiz da planta que sou,
Compreender os por quês das minhas folhas,
Frutos, e flor...
Como cantar esta brasilidade?
Deixo que os pássaros o façam por mim,
O vento vai assobiar o teu hino.
Essa bem-aventurança ardente,
Orgulho mátrio que colore o meu peito,
Está para além
Das alegrias e dos sofrimentos,
XXXX É paixão,
XXXX Pedra da lua:
Possui muitas cores e reluz.
Onde estou estás comigo, Brasil,
Minha terra,
Meu amor.
Quando eu toco a tua face
(Como um cego)
Buscando conhecer a tua fisionomia,
Minha terra, é a mim que busco:
Preciso conhecer a raiz da planta que sou,
Compreender os por quês das minhas folhas,
Frutos, e flor...
Como cantar esta brasilidade?
Deixo que os pássaros o façam por mim,
O vento vai assobiar o teu hino.
Essa bem-aventurança ardente,
Orgulho mátrio que colore o meu peito,
Está para além
Das alegrias e dos sofrimentos,
XXXX É paixão,
XXXX Pedra da lua:
Possui muitas cores e reluz.
Onde estou estás comigo, Brasil,
Minha terra,
Meu amor.
RB,
Lisboa, 7 de setembro de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário